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Etica e cidadania


ÉTICA

A práxis, a ação humana é fruto da vontade subjetiva através do hábito – que é a singularidade do sujeito ético. Como vontade subjetiva a ação ética manifesta a virtude, o bem moral e como vontade objetiva a ação ética produz a lei. Entretanto, é bom estar atento porque o indivíduo não é uma molécula livre. Ele estabelece relações bastante complexas nas principais instâncias societais: no econômico, ao trabalhar e consumir; no cultural, ao aprender e criar, no político, ao reivindicar e consentir e no social, ao participar e receber.
Contudo, essas relações não são tão harmoniosas. Nelas aparece o conflito ético. Surge o campo dos valores, e o seu portador é o indivíduo ético. De um lado há a tendência à manutenção de padrões estéticos, sociais, linguísticos, etc; De outro lado, há um movimento no sentido da produção de inovações que rompem com a normatividade tradicional. Esse conflito ou tensão, que é um movimento dialético, acontece porque o homem é um animal político por natureza, quer dizer: é da natureza humana buscar a vida em comunidade, o que significa não só que a política não é uma simples convenção – nómos, mas que é, também, uma coisa natural, uma necessidade; além disto, dentro da comunidade o indivíduo vai encontrar normas instituídas sem que ele tenha contribuído para o estamento delas. É o conflito do Um e do Outro, expressos enquanto comunidade, no privado e no público.

CIDADANIA

Ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela educação. Porque a educação atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à vida comunitária ou social.
Cidadania é, nesse sentido, um processo. Processo que começou nos primórdios da humanidade e que se efetiva através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado; mas, como aquilo que se constrói.
Assim como a ética a cidadania é hoje questão fundamental, quer na educação, quer na família e entidades, para o aperfeiçoamento de um modo de vida. Não basta o desenvolvimento tecnológico, científico para que a vida fique melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na comunidade política, para que os gestos e ações de cidadania possa estabelecer um viver harmônico, mais justo e menos sofredor.

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