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Mostrando postagens de 2016

Apatia social: ninguém fez nada enquanto o ambulante Ruas era massacrado no metrô. Por Kiko Nogueira

As cenas do massacre do ambulante Luiz Carlos Ruas numa estação de metrô de São Paulo contêm um ingrediente perturbador extra: a inação dos circunstantes. É evidente que a segurança falhou. Mas e aquelas pessoas em volta? Por que nenhuma esboçou qualquer reação enquanto Ruas era chutado e socado na cabeça? Os assassinos agiram livremente, como se estivessem num terreno baldio deserto. Atacaram em duas levas. Ao todo, foram aproximadamente três minutos de selvageria. Não foram incomodados. O vídeo mostra homens e mulheres seguindo seu rumo, alguns fugindo da cena, outros olhando, uns mais curiosos que outros. Em comum, a omissão. Segundo a travesti Raíssa, os canalhas — identificados depois como Alípio Rogério Belo dos Santos, de 26 anos, e Ricardo Nascimento Martins, de 21 –, gritavam “vamos matar” enquanto a perseguiam. Voltaram sua fúria para Ruas depois que ele tentou defendê-la. Não foram minimamente perturbados enquanto o matavam. Não quero aqui julgar. Eram

Um herói invisível: o martírio do ambulante Luiz Carlos Ruas. Por Paulo Nogueira

Luiz Carlos Ruas.  Viveu invisível, como milhões de brasileiros que são, como ele, ambulantes. Virou notícia na morte, aos 54 anos, na noite de Natal, no metrô de São Paulo. Eu ia dizer que só então o enxergaram, mas eu estaria mentindo. Ele continuou invisível enquanto dois homens jovens o espancavam até a morte. A idade somada dos dois não chegava à dele. Ruas estava invisível para os circunstantes, e assim os agressores puderam bater, e bater, e bater. Em certo momento, como mostra um vídeo, os dois pareceram ter cansado de bater no ambulante estirado no chão. Mas não. Eles voltaram e bateram mais. Luiz Carlos Ruas agonizou invisível. Ninguém o socorreu. Onde os vigilantes do metrô? Onde pessoas solidárias? A morte invisível é banal num país em que pobres não valem nada. Entendo isso, embora lamente profundamente. Mas a morte invisível não. Ninguém viu Luiz Carlos Ruas em vida, mas sua morte tem que ser celebrada como o martírio de um heroi. Ele morreu p

A EMPATIA NEGATIVA – O PRAZER DE SE AFIRMAR PRATICANDO O MAL

A EMPATIA NEGATIVA – O PRAZER DE SE AFIRMAR PRATICANDO O MAL A EMPATIA NEGATIVA – O PRAZER DE SE AFIRMAR PRATICANDO O MAL    Talvez uma boa definição de maldade seja a prática de um ato em que outra pessoa é prejudicada de forma consciente. Ou seja, aquele que pratica a maldade sabe das consequências danosas do seu ato, sabe que se trata de uma ação indevida e a pratica assim mesmo. A maldade se distingue das reações agressivas a que todos nós estamos sujeitos tanto no papel ativo como passivo: quando alguém é agredido, existe uma tendência natural para reagir a ela de uma forma ou de outra. A ação agressiva pode ou não ser intencional e não é raro que a reação venha a corresponder a um ato maldoso; porém, houve uma agressão que a antecedeu. Um exemplo peculiar de reação agressiva é a inveja, não raramente maldosa: uma pessoa se compara com outra, sente-se por baixo e isso provoca uma sensação de humilhação que é vivenciada como agressão; reage a essa suposta agressão de f
11 REGRAS DE OURO PARA DIALOGAR COM PESSOAS COMPLICADA 11 REGRAS DE OURO PARA DIALOGAR COM PESSOAS COMPLICADAS É sempre possível chegar a um acordo. Até mesmo quando você acredita que os pontos de vista das pessoas são totalmente diferentes, seus interesses são incompatíveis e que encontrar um consenso não passa de um sonho. A terapeuta familiar Svetlana Roiz sobre as 11 regras que vão facilitar a compreensão mútua nas relações dentro da família e no ambiente profissional. 1.        Antes de qualquer tipo de contato é preciso se concentrar, da mesma forma que se afinam instrumentos musicais antes de um show.  Fique uma posição estável: sente-se ou fique de pé, de forma que sinta suporte e equilíbrio. Comporte-se como um adulto: fale apenas aquilo que é importante para você, que ocupa sua mente e do que você tem certeza. Não esqueça da razão pela qual está estabelecendo um diálogo com a pessoa. Há uma chance de que você seja provocado ou de que tentem ter envolver numa p